Praia de JAGUARIBE, 22/06/2013. A Fonte Nova é palco do jogo da Seleção Brasileira de Futebol, com a 'estrela azurra' Itália.
Hoje, sem poder repetir o feito, que Deus avisa que está à regar a terra...

Ainda que no casulo, assegure-se de estar poeta e renovar-se, encher-se de alegrias com suas próprias esperanças. Acosto-me nesta rede quase branca em "companhia" dos textos do amigo escritor de Estoril, Portugal - Jorge Santos Marques! Grata!

Apeteceu-me (termo que no Brasil se aplica à saborear coisas!) como diz êle, à ir deitar-me na rede da varanda e nesse clima de sol-e-chuvisco que molha a grama do jardim, às 9:25h da manhã.

Isso é mérito seu! Pois fazem bons quatro meses que nem percebo com posso aproveitar-me da varanda.

Ao reler sobre os rituais Gitanes da Camargue, associo aos dias que estive passeando por lá - o encantamento por ser confundida com uma Gitane.

Relembra-me a raiz luzitana do dia de Todos os Santos - 1o. de janeiro. A festa em que a Nossa Senhora da Conceição da Praia, a Santa que em procissão encontra a imagem do Cristo - o Senhor do Bonfim. Esta imagem secular  saída do outro extremo da Cidade Baixa, da praia da Boa Viagem, pelo mar, e no percurso, dentro da Baía de Todos os Santos, é saudado e acompanhado por barcos, veleiros e iates.

É com foguetes celebrado por estivadores do Cais do Porto, e chamado de Senhor (Protetor) dos Navegantes.

Reproduzo aqui a sua escrita narrativa.

"verdade, tínhamos estado nos mesmos lugares, quase sempre de mão dada, mas ao mesmo tempo parecia que vínhamos de lugares diferentes."

Assim de surpresa, chega o sol fortíssimo clareando a varanda, e o chuviscar, me trazendo para o real: ao contrário do que ele pensava na época, em companhia dos Ciganos no Sul da França, na procissão na Camargue, hoje digo-lhe que 

"verdade, tínhamos estado nos mesmos lugares," embora nunca de fato de mãos dadas, "mas ao mesmo tempo parecia que vínhamos" do mesmo lugar...

Conselho que você mesmo escreveio, pois o leio do seu próprio texto:

faze como Pizarro,  que à boa maneira castelhana, 

arrasa e constrói por cima...

 "Ter uma doença grave, dizia-me (Sara ao Jorge, seu companheiro), é uma espécie de bênção, é não ter a ilusão da vida, apenas a bebemos diariamente, numa taça e com o nosso vinho preferido. A nossa idade não se conta do nascimento para o fim, mas o que falta ainda para viver, ou seja, quantos anos cada um andará por cá. E todos os dias morrem os jovens e ficam os velhos…A morte é uma coisa boa, toca a todos, sem discriminação." Extraído  do Capítulo 4 do livro in press de Jorge Marques jorgesantosmarques@gmail.com